"No domínio da saúde, deficiência representa qualquer perda ou anormalidade da estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatómica". (OMS, 1980: 35)


Muitas pessoas desconhecem a causa das deficiências e as dificuldades que estes têm de ultrapassar diariamente. Queremos com este trabalho alertar a sociedade para as dificuldades que estas pessoas ultrapassam no dia-a-dia e ao mesmo tempo perceber melhor a sua forma de conviver com os outros, mesmo com todos os problemas que têm.

Deficiências físicas:

A deficiência física é definida como uma desvantagem, resultante de um comprometimento ou de uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho motor de determinada pessoa. Afecta os sistemas muscular, ósseo e nervoso.
As doenças ou lesões que afectam quaisquer destes sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir quadros de limitações físicas de grau e gravidade variáveis, segundo o(s) segmento(s) corporais afectados e o tipo de lesão ocorrida.


Deficiências visuais:

Segundo a OMS (Bangkok, 1992), "O indivíduo com baixa visão ou visão subnormal é aquele que apresenta diminuição das suas respostas visuais, mesmo após tratamento e/ ou correção óptica convencional, e uma acuidade visual menor que 6/ 18 à percepção de luz, ou um campo visual menor que 10 graus do seu ponto de fixação, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a visão para o planejamento e/ ou execução de uma tarefa."


Deficiências auditivas:

Deficiência auditiva ou surdez é a incapacidade parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças.


Deficiências mentais:

É o nome dado à caracterização dos problemas que ocorrem no cérebro, e leva a um baixo rendimento cognitivo, mas que não afetam outras regiões ou funções cerebrais.
A deficiência mental resulta, quase sempre, de uma alteração na estrutura cerebral, provocada por factores genéticos, na vida intra-uterina, ao nascimento ou na vida pós-natal.

O Conceito da sala de Snoezelen proporciona conforto, através do uso de estímulos controlados, e oferece uma grande quantidade de estímulos sensoriais, que podem ser usados de forma individual ou combinada dos efeitos da música, notas, sons, luz, estimulação táctil e aromas.
O ambiente, que a sala de Snoezelen proporciona, é seguro e não ameaçador, promovendo o auto-controlo, autonomia, descoberta e exploração, bem como efeitos terapêuticos e pedagógicos positivos.
O ambiente multisensorial permite estimular os sentidos primários tais como o toque, o paladar, a visão, o som, o cheiro, sem existir necessidade de recorrer às capacidades intelectuais mas sim às capacidades sensoriais dos indivíduos. A confiança e o relaxamento são incentivados através de terapias não directivas.
O uso de um ambiente multisensorial permite que as terapias sejam únicas para cada utente.

- Benefícios da sala de Snoezelen:
_Promove o relaxamento, lazer e diversão;
_Estimula os sentidos primários;
_Permite a exploração, descoberta, escolha e a oportunidade de controlar o ambiente;
_Aumenta a compreensão do utente em relação ao gosta/não gosta;
_A variedade de actividades permite explorar as necessidades bem como as preferências;
_Permite o trabalho individual ou em grupo, servindo para o controlo da ansiedade;
_Incentiva o movimento e a motivação;
_Motiva para a aprendizagem;
_Facilita a libertação de stress;
_Promove a consciência da equipa técnica sobre a importância dos sentidos primários;
_O uso de equipamento sensorial pode ser benéfico para todas as idades e diagnósticos;
_Estimula o surgir de emoções positivas tais como o bem-estar, relaxamento, satisfação e alegria.

O equipamento que constitui a sala estimula a interacção do indivíduo com o que o rodeia, bem como, a construção e estruturação de imagens do seu mundo.

Os Jogos Paraolímpicos são o equivalente aos Jogos Olímpicos, com provas restritas a atletas com deficiências físicas, visuais ou mentais.

Estes jogos contemplam desportos adequadas a pessoas com deficiências, como é o caso:

-Basquete em cadeira de rodas
Destinado a portadores de deficiência física motora, em cadeira de rodas, nas categorias masculina e feminina. A modalidade segue as mesmas regras da Federação Internacional de Basquete Amador, com adaptações para os atletas participantes. As dimensões do campo e a altura dos cestos são as mesmas do basquete convencional.

-Boccia
Incluída nas Paraolimpíadas em 1984 (Roma), é uma modalidade que requer concentração, coordenação, controlo muscular, precisão, trabalho em equipa, cooperação e estratégia. Destinada a pessoas com paralisia cerebral ou dificuldade motora e utilizadores de cadeira de rodas, a competição consiste em lançar bolas (vermelhas ou azuis) o mais próximo possível da bola branca. Assim vence o jogador ou a equipe que aproximar mais a bola, que podem ser impulsionadas pela mão, o pé ou com a ajuda de um dispositivo auxiliar.

-Goalball
Modalidade criada exclusivamente para pessoas portadoras de deficiência visual e incluída pela primeira vez nas Paraolimpíadas de Toronto, em 1976. Separadas nas categorias masculina e feminina, cada equipa fica do seu lado do campo, com três jogadores cada uma e com, no máximo, três suplentes. O jogo consiste em lançar a bola com a mão na direcção da baliza adversária.

-Arco e Flecha
Incluído pela primeira vez nas Paraolimpíadas em Roma em 1960, esta modalidade destina-se a deficientes motores, com paralisia cerebral e amputados. As competições são individuais ou por equipa. O objectivo é atirar flechas a um alvo de 122 cm, de diametro, localizado a 70 metros de distância.

Esta é mais uma das iniciativas que o nosso grupo está a desenvolver no ISCE - Colégio de Guimarães. O objectivo é recolher o maior número de tampas de garrafas pelos alunos do colégio e entregar a uma instituição, de modo a que o material recolhido seja "reciclado" em material ortopédico, como por exemplo cadeiras de rodas.

É necessário uma tonelada de tampas para construir uma cadeira de rodas.

Sabemos que não é uma tarefa fácil recolher tantas tampas, mas como toda a ajuda é pouca decidimos reforçar mais uma vez esta ideia de recolher rolhas e assim também sensibilizar a comunidade escolar.

Monumentos de Pequim com acesso a deficientes
Pequim colocou em marcha um projecto que pretende permitir o acesso das pessoas com limitações físicas aos 60 monumentos de Pequim antes dos Jogos Olímpicos, informou a imprensa estatal chinesa.
Subir à Grande Muralha da China e contemplar uma das sete maravilhas do mundo a serpentear pelas montanhas até se perder de vista, já não será apenas um sonho para quem tem que deslocar-se numa cadeira de rodas. "Vai construir-se uma rampa para permitir que as cadeiras de rodas alcancem a primeira torre da secção da Grande Muralha de Badaling", afirmou Wang Fengbin, membro do gabinete de turismo da região de yanqing, citado pelo jornal China Daily, acrescentando que "a obra não vai provocar qualquer tipo de dano na Grande Muralha".
Até agora, as pessoas que circulam em cadeiras-de-rodas tinham que ser carregadas até à Grande Nurakha, tarefa que era desempenhada por seis homens, em turnos.
A rampa já está em construção, mas há outras obras previstas, como a diminuição da altura das janelas das bilhereiras, a reforma das casas-de-banho públicas e a criação de acessos às lojas de recordações.
Este tipo de reformas vão acontecer nos outros 59 pontos turísticos mais emblemáticos de Pequim, como o Templo do Céu e o Palácio de Verão, com o objectivo de preparar uns JO com um "contexto amigável" para as pessoas com limitações físicas. O governo já gastou 75.7 milhões de renminbi (cerca de 7,1 milhões de euros) nestas alterações a nível das infra-estruturas incluídas num projecto municipal anunciado no ano passado.

Fonte:Correio dos Açores

Eliminar as barreiras arquitectónicas (Lei)
O Governo aprovou ontem o regime de acessibilidade aos edifícios e via pública, que torna obrigatória a adopção de um conjunto de normas técnicas básicas de eliminação de barreiras arquitectónicas, quer nos espaços públicos, quer nos privados. O decreto-lei, aprovado na generalidade em Conselho de Ministros, visa a "construção de um sistema global, coerente e ordenado em matéria de acessibilidades", proporcionando às pessoas com mobilidade condicionada ou com dificuldades sensoriais "condições iguais às dos restantes cidadãos". Deste modo, segundo o comunicado do Conselho de Ministros, são introduzidos mecanismos para impedir a realização de novas edificações que não cumpram os requisitos de acessibilidades.O diploma estabelece ainda mecanismos fiscalizadores "dotando-os de um a maior eficácia sancionatória". O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Jorge Lacão, afirmou que a responsabilidade poderá, a partir de agora, também ser atribuída a projectistas ou a "donos de obra".Na mesma reunião foi aprovado um decreto-lei que cria o Fundo de Apoio à Investigação para a Reabilitação das Pessoas com Deficiência.

Fonte: Jornal de Notícias